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quarta-feira, 10 de março de 2010

Gato Preto

Ninguém quer um gato preto cruzando seu caminho, sobretudo numa sexta-feira, 13. A origem da associação do felino a maus presságios data do século 4.
No ano 392, o cristianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano e o imperador Teodósio determinou a proibição dos rituais pagãos.
Aí começou uma desconfiança em relação aos gatos, já que os bichanos tinham papel de destaque entre os povos pagãos. Entre os druidas (sacerdotes) celtas, por exemplo, eles eram sagrados.
Começaram a surgir rumores de que esses gatos eram a encarnação do demônio. Na mesma linha, os gatos que levavam a biga com a deusa Freya, popular entre o povo germânico, passaram a ter fama semelhante.
A má reputação felina alcançou a Idade Média; bicho preferido das mulheres tidas como bruxas, ele entrou para a lista de perseguição do papa Inocêncio 8° (1432-1492) no século 15. Há registro de pelo menos 1.600 gatos queimados ou enforcados com as donas.
É importante lembrar que os felinos viraram vilões apenas na cultura ocidental. No oriente, eles sempre foram bem-vistos.
No Egito, onde teriam sido domesticados pela primeira vez, eles já eram sagrados há aproximadamente 5.000 anos. Lá, representavam a deusa Bastet (da fertilidade e da colheita), que era filha de Rá, o deus-sol, e tinha corpo de mulher e focinho de gato.
Os gatos eram tão adorados pelos egípcios que quem matasse um deles era condenado à morte. Quando morriam, eram embalsamados e enterrados em tumbas, e as pessoas da casa raspavam as sobrancelhas – era o mesmo gesto de luto adotado pela morte de um ente querido.
Na China, onde chegou há cerca de 3.000 anos, atribuía-se ao brilho noturno de seus olhos o poder de afastar a má sorte. Li-Show, a divindade dos campos, era representada por um gato. No Japão, a pelagem tricolor (preto, amarelo e branco) era símbolo de felicidade.
No mesmo país, uma lei no século 13 proibiu que os bichanos fossem engaiolados.

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