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segunda-feira, 15 de março de 2010

Ecossistemas.Planície e Planalto.



Árvore típica do Pantanal, a piúva pantaneira (Tabebuia albo rosa) floresce de junho a setembro. A espécie é a preferida dos tuiuiús (Jabiru micteria), aves cujas asas têm envergadura média de dois metros, e que encontram nas piúvas um local perfeito para seus ninhos.O que é ecossistema?

Ecossistema, ou sistema ecológico, é a interação de uma comunidade, onde os organismos interagem entre si e com o meio (ou ambiente) ao qual pertencem.Por ser uma área de transição entre os biomas Cerrado, Mata Atlântica, Amazônia, e Chaco e Chiquitanos na Bolívia, a região do Pantanal apresenta um mosaico de ecossistemas terrestres, com afinidades, sobretudo, com os Cerrados e o Chaco e, em parte, com a floresta amazônica, além de ecossistemas aquáticos e semiaquáticos, interdependentes em maior ou menor grau.

Planalto

Os planaltos e as terras altas da bacia são formados por áreas escarpadas e testemunhos de planaltos erodidos, conhecidos localmente como serras. São cobertos por vegetações predominantemente abertas, como campos limpos, campos sujos, campo cerrado, cerrados e cerradões. Essa composição é determinada principalmente por fatores de solo (edáficos) e climáticos e também por florestas úmidas, prolongamentos do ecossistema amazônico e do bioma Mata Atlântica.

Planície

Na planície inundável que forma o Pantanal propriamente dito podem ser reconhecidas planícies de baixa, média e alta inundação, destacando-se os ambientes de inundação fluvial generalizada e prolongada. Esses ambientes, periodicamente cobertos por água, apresentam alta produtividade biológica, grande densidade e diversidade de fauna.Quando se pensa em Pantanal, a imagem que se tem é de uma planície que fica alagada durante boa parte do ano.

No entanto, para conservação do bioma, é importante levar em conta a Bacia Hidrográfica do Alto Paraguai como um todo e a relação de interdependência da planície inundável com o planalto.

Afinal, tudo está interligado. O equilíbrio ambiental e os processos ecológicos do Pantanal são determinados por eventos, naturais ou não, que ocorrem nas partes altas da bacia hidrográfica.


A água que nasce nas partes altas corre para baixo, para a planície inundável, carreando o que estiver pelo caminho. É o pulso das águas que dita o ritmo da vida, dinâmico, complexo e delicado.

Considerar a inter-relação entre planície e planalto é fundamental para o sucesso de qualquer projeto de conservação nesta que é a maior área inundável do Planeta.

Afinal, é o ciclo das águas – que sobem no período das chuvas e baixam na estiagem – o responsável pela rica biodiversidade do Pantanal. Sem ele, toda essa riqueza fica ameaçada.
Nascentes do Pantanal
O regime de inundações é o responsável pelo ciclo da vida no Pantanal, garantindo as condições para que animais e plantas se desenvolvam em toda a sua plenitude.

Por isso, a preservação das nascentes nas partes altas da Bacia e a adoção de prátics de produção econômica que não agridam ao meio ambiente são fundamentais para a conservação da planície inundável.

Embora a maior parte da área inundável esteja no Mato Grosso do Sul, é no Mato Grosso onde nascem os principais rios da Bacia Pantaneira.

O chamado Arco das Nascentes contorna os divisores de áagua da Bacia e está presente em uma área extensa que vai de Rondonópolis, passando pela Chapada dos Guimarães, Diamantina, até Cárceres.

Essa região – onde estão as nascentes dos rios Paraguai, Sepotuba, Cabaçal, Jauru, Cuiabá, Sao Lourenço, Manso, Rio dos Bugres, Coxim e Taquari – é responsável pelo fornecimento de 70% da água que corre para o Pantanal. Por isso, a preservação das cabeceiras dos rios é fundamental para a conservação do bioma.Fatos e Curiosidades
A maior cobra do Pantanal é a sucuri amarela. Mede até 4,5 metros e se alimenta de peixes, aves e pequenos mamíferos.
Tuiuiú, ave-símbolo do Pantanal, tem mais de 2 metros de envergadura com as asas abertas.
O jacaré do Pantanal mede até 2,5 metros de comprimento, alimentando-se principalmente de peixes.
O maior peixe do Pantanal é o jaú, um bagre gigante que chega a 1,5 metro de comprimento, pesando até 120 quilos.A onça-pintada do Pantanal chega a pesar 150 quilos, alimentando-se de aproximadamente 85 espécies de animais que vivem na região.

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