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sexta-feira, 12 de março de 2010

Alimentação Veg p/ Cães&Gatos

ALIMENTAÇÃO VEGETARIANA PARA CÃES E GATOS

Tradução: Anna Cristina – Revisão: Ubiratan R.





Vegancats.com tem como princípio o fato de que as vidas de TODOS os animais são valiosas. Para nós, apoiar a indústria da carne e da morte, nos abatedouros, através da compra de ração para alimentar nossos animais de estimação, contradiz a filosofia dos direitos dos animais e os princípios do veganismo. Continuar alimentando nossos animais com carne ou rações com carne, perpetua maldades desnecessárias e inimagináveis.

www.VegePets.info



A VERDADE SOBRE A ALIMENTAÇÃO CARNÍVORA E VEGETARIANA PARA CÃES E GATOS



Andrew Knight - Veterinário

www.AnimalConsultants.org



Os terríveis sofrimentos e a morte impostos a cerca de cinqüenta bilhões de frangos, porcos, bovinos e outros animais anualmente, ocasionados pela criação industrial intensiva e que incluem, também, milhões de peixes, já foram descritos em vários textos assim como os efeitos nefastos para o meio ambiente. Tudo isso para satisfazer o desejo de alguns de comer carne.



Por causa de questões éticas e muitos problemas de saúde, como as alergias causadas pela absorção de alimentos à base de carne de boi, carneiro e outros, que as marcas de alimentos vegetarianos foram criadas para alimentar cães e gatos. Todavia, a alimentação vegetariana para animais continua sendo um tema cheio de controvérsias exacerbadas pela ignorância, sobretudo, relacionadas aos problemas nutricionais e de saúde. E isso acontece com freqüência, entre os médicos veterinários.



Como veterinário, afirmo que as doenças degenerativas como o câncer, as insuficiências hepáticas e as paradas cardíacas ocorrem com muito mais freqüência do que deveriam, e que muitas dessas doenças são agravadas ou diretamente provocadas pelos numerosos ingredientes (mais que duvidosos) presentes nos alimentos com carne vendidos em latas para alimentar cães e gatos. As doenças renais, por exemplo, são uma das maiores causas de morte dos animais de estimação, e essas doenças são agravadas pela sobrecarga de proteínas que é estocada nos rins (Di Bartola et al., 1993) e, também, por causa da baixa qualidade da maior parte das rações disponíveis no mercado. Não diagnosticada, a doença renal pode provocar os aparecimentos sistemáticos de toxinas, conduzindo à perda do apetite e envenenamento pelo aumento da taxa de urecemia, vômitos, desordens neurológicas e a morte do animal. A grave doença do hipertiroidismo dos gatos apareceu nos anos 70, exatamente na época em que as rações em lata destinadas à alimentação dos gatos apareceram no mercado. Podemos relacionar a quantidade excessiva de iodo, presente nesse tipo de alimento, com o aparecimento dessa doença (Smith, 1993).



Os cães podem ser classificados, biologicamente, como onívoros, por causa da capacidade inata de se alimentarem de forma mista: alimentos de origem animal e alimentos à base de plantas. Todos os dois presentes em seu meio ambiente natural. Já os gatos, são classificados como, obrigatoriamente, carnívoros, por causa de sua anatomia e de sua adaptação fisiológica e bioquímica a um estilo de vida carnívoro, o que lhes impede de aproveitar os benefícios substanciais das plantas que estão presentes no meio ambiente onde vivem. Cães e gatos selvagens consomem resíduos de plantas presentes no aparelho digestivo da presa que comeram.



Apesar dos preconceitos sobre a alimentação vegetariana para animais, não existem provas científicas que uma dieta composta essencialmente de plantas, minerais e alimentos de base sintética não seja válida para paliar as necessidades gustativas, nutricionais e biológicas dos animais. Várias dietas vegans (sem produtos de origem animal) que encontramos no comércio defendem esse princípio e mantêm saudáveis, durante anos, milhares de cães, gatos e furões (considerados animais carnívoros por excelência) (Weisman, 2004).



Preservar a saúde dos animais

A utilização apropriada de complementos nutricionais completos ou de um regime equilibrado, é essencial para prevenir as doenças cardíacas (ou outras) e na preservação da saúde de nossos animais vegetarianos. Um teste regular de pH da urina também é importante para detectar a alcalinização desta, com as conseqüências potenciais de cálculos urinários, cistites e infecções que raramente ocorrem quando um animal é vegetariano.



Fazer a transição para uma alimentação vegetariana

A “fixação” que alguns cães e gatos fazem em comer apenas um tipo de ração com carne acontece por causa da adição da ‘sopa digestiva’ ao alimento de base. A sopa digestiva é um eufemismo utilizado pela indústria da carne para descrever as vísceras das galinhas parcialmente dissolvidas. De acordo com a Small Animal clinical Nutrition, « A sopa digestiva é, provavelmente, a melhor maneira empregada nos últimos anos para melhorar o sabor das rações para os gatos e, em menor escala, para os cães » (Lewis et al., 1987).



Por isso, se você mudar a alimentação de seus animais, será necessário ter paciência e perseverança, principalmente com gatos reticentes. Nos casos mais difíceis, talvez seja necessário deixar o animal um dia inteiro sem comer (mas tomando água). Isso vai estimular seu apetite sem causar danos à sua saúde. Pode ser necessário mudar a alimentação de seu animal de forma gradual, por exemplo, utilizando 90% da comida antiga durante alguns dias e 10% da vegetariana, depois passar a 80% e 20% durante alguns dias, fazendo assim uma transição durante várias semanas ou mesmo mais tempo se necessário. Nos casos mais difíceis, uma mudança gradual pode ser mais bem aceita pelo animal e permite também uma transição mais apropriada das enzimas digestivas e da flora intestinal (bactérias), diminuindo assim os riscos de reações gastrointestinais como a diarréia.



As pessoas deveriam mostrar, através de seus comportamentos, que consideram a nova alimentação tão válida como a antiga sem alarmes ou escândalos. Também não devem ficar inquietas se no início o animal apenas olhar a comida e sair. Colocar a comida vegetariana no mesmo lugar onde ficava a antiga comida é suficiente para que o animal faça a associação mental. Moer a nova ração pode também ser eficaz, assim como também pode dar certo acrescentar aditivos odoríficos (o sentido do olfato é extremamente desenvolvido nos gatos) e sabores, como a levedura tradicional, óleos vegetais, folhas de alga nori e espirulina (clorela). Esquentar a comida também pode surtir efeito. Toda comida que não foi tocada deve ser retirada, oferecer ao animal somente comida fresca.



Os fatores mais importantes ao longo de uma transição difícil para uma alimentação vegetariana são a mudança gradual e a perseverança. Adotando esses dois fatores muitas pessoas conseguiram que cães e gatos, reticentes e difíceis, passassem a adotar uma alimentação vegetariana.



Receitas vegetarianas para animais podem ser obtidas com Peden (1999) et Gillen (2003) ou consultadas nos sites dos seguintes fornecedores :



www.vegepet.com - www.vegancats.com - www.aminews.net





Referências:

Animal Protection Institute(API). What is REALLY in your pet"s food?: you may not want to know. Revised 29 Jan. 2002. abc12.com WJRT-TV/DT. 17 May, 2004.http://abclocal.go.com/wjrt/news/051004_CO_r2_pet_food.html



DiBartola SP, Buffington CA, Chew DJ, McLoughlin MA, Sparks RA. Development of chronic renal disease in cats fed a commercial diet. J Am Vet Med Assoc. 1993 Mar 1;202(5):744-751.



Dow SW, Fettman MJ, Curtis CR, LeCouteur RA. Hypokalemia in cats: 186 cases (1984-1987). J Am Vet Med Assoc. 1989 Jun 1;194(11):1604-8.



Freytag TL, Liu SM, Rogers QR, Morris JG. Teratogenic effects of chronic ingestion of high levels of vitamin A in cats. J Anim Physiol Anim Nutr (Berl). 2003 Feb;87(1-2):42-51.



Gillen, J. 2003. Obligate Carnivore. Seattle, WA: Stein Hoist Books.



Lewis L., Morris M., Hand M. Small Animal Clinical Nutrition. 3rd Edn. Topeka, KS, US: Mark Morris Associates. 1987:2-3.



Peden J. 1999. Vegetarian Cats & Dogs. 3rd Edn. Troy, MT: Harbingers of a New Age.



People for the Ethical Treatment of Animals (PETA). Dog health survey. Unpublished. 1994. http://www.helpinganimals.com/h-vegcat-survey.html, 12 Aug. 2004.



Perry T. What"s really for dinner?: the truth about commercial pet food. The Animals" Agenda.1996. Nov. - Dec. http://www.preciouspets.org/truth.htm.



Smith C.A. Research roundup: changes and challenges in feline nutrition. J Am Vet Med Assoc. 1993;203:1395-1400.



Strieker MJ, Morris JG, Feldman BF, Rogers QR. Vitamin K deficiency in cats fed commercial fish-based diets. J Small Anim Pract. 1996 Jul;37(7):322-6.



Weisman E. Personal communication to Andrew Knight re: Evolution Diet vegan pet food. 24 Feb. 2004.
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ieta Veg p/ Cães e Gatos

DIETA VEGETARIANA PARA CÃES E GATOSBoletim Informativo - Nº47 - 2006
Dr. Walter de Albuquerque Araújo - CRMV-SP 0730
Há muita curiosidade das pessoas em saber se uma dieta vegetariana pode ser saudável e adequada para o cão e o gato. Para os que têm dúvidas, já existem estudos que comprovam que eles podem ser vegetarianos. Este artigo responde às dúvidas mais comuns, já que não há nenhuma razão científica que ateste ser impossível que o cão ou o gato possam ter uma vida totalmente saudável com uma dieta vegetariana. É necessário apenas que ela atenda algumas exigências: ser formulada e produzida de forma a satisfazer todos os requisitos nutricionais, que esteja acondicionada apropriadamente, que seja palatável e facilmente identificada como alimento para os animais e, finalmente, que atenda os requisitos de segurança alimentar.

Assim como as demais espécies animais, o cão e o gato têm exigências específicas de nutrientes e não de ingredientes específicos. A exploração zootécnica racional exige a utilização de ingredientes produzidos localmente e, obviamente, de menor custo e maior disponibilidade para o atendimento aos parâmetros razoáveis de custo e beneficio. Pode ser considerado natural ao cão e ao gato comer carne? Nos primórdios, quando vagavam nas savanas, matas e planícies, eram predadores. Portanto, tinham o hábito de caçar, matar e comer outros animais: pequenos herbívoros, roedores e pássaros. Suas vítimas eram totalmente mastigadas e engolidas. Quando as vítimas eram maiores, como os pequenos ruminantes, agiam como agem até hoje os grandes carnívoros em seus habitats naturais, abrindo a cavidade torácica e a abdominal, onde encontram o conteúdo do aparelho digestivo, em geral, vegetais ainda não digeridos ou parcialmente digeridos, tais como grãos e folhas. Somente depois de se alimentar desse conteúdo, comem as vísceras, a gordura e alguns ossos. Essa observação permite afirmar que, desde as priscas eras, tanto os pequenos como os grandes carnívoros estão aptos a digerir alimentos vegetais e deles obter os nutrientes de que necessitam.Na verdade, a dieta dos seres vivos deve ser adequada às suas necessidades: em primeiro lugar para a manutenção de uma vida saudável e, depois, para atender à exigência do crescimento, da reprodução e da produção, seja ela de músculos, trabalho muscular, leite, ovos ou mel. Como animais de estimação, os cães e os gatos vivem na companhia dos humanos há milênios, competindo e comendo todos os tipos de alimentos que lhes são comuns. Portanto, não é estranho nem anti-natural que comam vegetais. Quando da classificação das espécies, feita por volta do ano de 1735 por Linée, houve uma tendência inicial de valorizar mais as características morfológicas e o comportamento alimentar de indivíduos semelhantes. Atualmente, de acordo com a evolução do conhecimento humano e para dar mais precisão à classificação, semelhanças bioquímicas e genéticas vêm determinando mudanças nos critérios de classificação.
O NUTRIENTE PROTEÍNA
O nutriente mais questionado em toda esta polêmica carnívoro/onívoro é a proteína. Dá-se o nome de proteína, seja ela vegetal ou animal, a uma macromolécula formada por dez átomos: cinco de hidrogênio (H), dois de carbono (C), dois de oxigênio (O) e um de nitrogênio (N). Mas o que caracteriza a riqueza de uma fonte protéica são os aminoácidos essenciais que a compõem, e são estes aminoácidos que, tanto o cão como o gato, não podem sintetizar. Por isto têm que recebê-los prontos em suas rações. Diversos livros sobre alimentação animal, artigos e palestras afirmam que as fontes de proteínas vegetais são pobres do ponto de vista nutricional. No entanto, comparando com outras fontes de proteínas (ver quadro 1), vê-se que não há suporte para essa afirmação. DIGESTIBILIDADE Sobre digestibilidade é interessante observar a experiência científica nacional. O quadro 2 revela que as fontes de proteínas vegetais são de melhor digestibilidade ou iguais às fontes de proteína animal. DIGESTIBILIDADE DAS RAÇÕES VEGETARIANAS Para se avaliar a digestibilidade dos nutrientes das rações destinadas à alimentação de cães foi desenvolvida, em canil sediado em Araraquara-SP, uma pesquisa com duas rações contendo carne e vegetais, e uma terceira exclusivamente vegetariana. (Quadro 3) Percebe-se que em matéria de segurança alimentar, a dieta vegetariana é uma opção saudável também para cães e gatos, principalmente nestes tempos de síndrome de vaca louca e de gripe aviária. A síndrome da vaca louca já migrou dos ovinos para os bovinos, caprinos, cães, humanos, e gatos e, conforme noticiado pela mídia, a gripe aviária teria sido a causa da morte de um gato na Alemanha. Walter de Albuquerque Araújo Médico Veterinário CRMV-SP Nº 0730 Diretor Executivo da WS – Consultoria & Nutrição Científica S/C Ltda. Diretor e Membro Emérito do Colégio Brasileiro de Nutrição Animal – CBNA
PORQUE NãO À CARNESempre tive curiosidade em saber por que certas pessoas abdicam do prazer de comer carne. Talvez por motivação filosófica, religiosa ou simplesmente por não lhes apetecer ou ainda não apreciar seu aspecto sangüíneo ou odor quando crua. Encontrei em escrituras religiosas algumas frases que possivelmente tenham influenciado e justificado a opção por uma dieta vegetariana. Gênesis 9:4 - "A carne, porém, com sua vida, isto é com seu sangue não comereis"; Levítico 7:26 - "E nenhum sangue comereis em qualquer das vossas habitações, quer de aves quer de gado"; Isaías 11:6 - "O urso será levado pela mão de uma criança, o lobo e o carneiro comerão na mesma manjedoura, o leão e o touro comerão da mesma palha"; Buda - "Aos sete anos de idade o príncipe Siddharta (Buda) num dia de primavera quando se comemorava uma festa de plantio, saiu ao campo acompanhado por seu pai. Contemplando como um agricultor lavrava a terra, viu um pequeno pássaro que levou em seu bico um pequeno inseto
que ficou preso no arado que removia a terra. Pobres das criaturas vivas que se comem umas as outras! E dizendo isto se sentou ao solo embaixo de uma árvore em profunda tristeza a meditar". Devo esclarecer que não sou vegetariano, mas sim, que respeito o direito à opção dietética que fazem. Acredito na vida saudável com uma dieta vegetariana exclusiva, tanto para os humanos, como para seus animais de companhia, o cão e o gato

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